Todos os contraceptivos hormonais aumentam o risco de câncer da mama, revela estudo

Publicado por: Editor Feed News
16/08/2023 06:52 PM
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Cortesia Editorial Pixabay
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Todos os contraceptivos hormonais comportam um risco ligeiramente maior de câncer da mama, incluindo as pílulas só de progestogénio, revelou um estudo.

 

Os investigadores que realizaram o estudo salientaram que o risco acrescido de câncer da mama precisa de ser ponderado face aos benefícios dos contracetivos hormonais, incluindo a proteção que proporcionam contra outras formas de câncer feminino, relatou o Science Alert.

 

Estudos anteriores estabeleceram um risco acrescido de câncer da mama com contracetivos combinados, que utilizam tanto o estrogénio como o progestagénio.

 

Embora a utilização de contraceptivos apenas com progestagénio tenha vindo a aumentar há mais de uma década, pouca investigação tinha sido realizada sobre as suas ligações ao câncer da mama.

 

O estudo, publicado na PLOS Medicine, concluiu que o risco de uma mulher desenvolver câncer da mama era praticamente o mesmo para os contraceptivos hormonais combinados como para aqueles que utilizam apenas progestogénio.

 

De acordo com o estudo, as mulheres que tomam contraceptivos hormonais têm um risco 20 a 30% mais elevado de desenvolver câncer da mama do que as que não os utilizam. Os resultados são semelhantes aos publicados anteriormente, incluindo num vasto estudo de 1996.

 

O risco também permanece praticamente o mesmo independentemente do método de administração – pílula oral, DIU, implante ou injeção.

 

Tendo em conta que a probabilidade de câncer da mama aumenta com a idade, os autores calcularam o risco associado aos contraceptivos hormonais. Para as mulheres que tomam contraceptivos hormonais durante um período de cinco cinco entre os 16 e os 20 anos, representava oito casos de câncer da mama por 100.000, disseram. Entre 35 e 39 anos de idade, foram 265 casos por 100.000.

 

“Ninguém quer ouvir que algo que está a tomar vai aumentar o risco de câncer da mama em 25%”, disse Gillian Reeves, professora de epidemiologia estatística na Universidade de Oxford e uma das autora do estudo. “O que estamos  falando é de um aumento muito pequeno do risco absoluto”, referiu.

 

“Estes aumentos do risco de câncer da mama têm, naturalmente, de ser vistos no contexto do que sabemos sobre os muitos benefícios de tomar contraceptivos hormonais”, acrescentou.

 

“Não apenas em termos de controlo de natalidade, mas também porque sabemos que os contraceptivos orais proporcionam, na realidade, uma proteção bastante substancial e a longo prazo contra outros canceres femininos, tais como o câncer dos ovários e o câncer endometrial”, continuou.

 

O estudo também confirmou, tal como outros, que o risco de câncer da mama diminui nos anos após uma mulher deixar de usar contraceptivos hormonais.

 

Stephen Duffy, um professor da Queen Mary University, em Londres, que não participou no estudo, descreveu as conclusões como “tranquilizadoras na medida em que o efeito é modesto”.

 

O estudo envolveu dados de quase 10.000 mulheres com menos de 50 anos que desenvolveram câncer da mama entre 1996 e 2017 no Reino Unido, onde o uso de contraceptivos apenas de progestagénio está tão difundido como o método combinado.

 

Gillian Reeves indicou que há várias explicações para o uso crescente de contraceptivos apenas de progestagénio. São recomendados para mulheres que estão a amamentar, que podem estar em risco de problemas cardiovasculares ou fumantes acima dos 35 anos.

Com informações do Planeta ZAP (PT)

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